Ana Celina, Daisy e Sandra fizeram um bate papo bem bacana sobre esse tema que está disponível no canal youtube.com/@ColetivoCais. O link desta conversa está ao final do texto.
A ida à creche/escola, para os bebês e crianças, pode representar a separação e o afastamento de seus entes queridos, de sua casa e de seus objetos de convívio, como por exemplo, os seus brinquedos.
Já para os responsáveis, essa separação é carregada de sentimentos, geralmente de culpa que se manifesta em choro ao deixar a criança na instituição, nas recomendações excessivas aos profissionais, abraços prolongados na criança com justificativas repetidas dos motivos pelos quais vai deixá-la neste novo lugar que não é o seu lar. Sim, sabemos o quanto esse momento é doloroso!
Seja na creche ou na pré-escola, esse não deve ser um espaço de preparação para o ensino fundamental. A primeira infância é um período para se viver intensamente, pois tudo ou quase tudo é uma grande novidade! Bebês e crianças estão ávidos por experiências que atendam sua curiosidade que ainda é tão espontânea.
Vivemos numa sociedade em que cada vez mais cedo, bebês e crianças estão sendo levados para a creche/escola, seja por uma necessidade ou por desejo dos responsáveis. E na verdade isso não importa! Mas, uma vez matriculado, quais são as expectativas das famílias?
Ao levar os pequeninos para creche/escola tem-se a expectativa de que eles sejam bem alimentados e cuidados e por vezes pouco consideram aspectos como a formação dos profissionais, a proposta pedagógica da instituição e as interações que ali se estabelecem.
Boas práticas, significativas e de qualidade, junto aos bebês e crianças é um aspecto imprescindível a ser observado, e que tem suas evidências na formação ofertada aos profissionais, especialmente dos professores, que sem esse requisito acabam por oferecer um trabalho de pouca qualidade e que não potencializa o desenvolvimento infantil.
Esteja certo que quanto menor for a criança mais deve-se exigir essa qualidade no atendimento de educação e cuidado. Os adultos com os quais a criança passará a conviver diariamente, deixarão marcas e também serão referências na constituição de sua personalidade. Portanto estejam atentos aos pequenos detalhes, como, tom de voz, afeto, incentivos a sua autonomia.
Acolher significa oferecer ou obter refúgio, proteção ou conforto físico, abrigar, amparar. Uma comunidade acolhedora deve abraçar as vontades, os interesses das crianças, suas preferências, suas necessidades individuais e coletivas. Portanto, deve ser planejado de modo coletivo, durante todo o ano e contar com a participação da família para assegurar a todas as crianças que ingressam na creche/escola muito apoio no momento de choro, medo, insegurança. As dúvidas e preocupações dos responsáveis também precisam ser acolhidas, para que se sintam seguros, confiantes na decisão tomada e colaboradores durante todo esse processo. Desconfie quando sua presença não for permitida na instituição.
Pensando na delicadeza dessas questões e como abordar o assunto de forma que ficasse bem claro, decidimos fazer uma Conversa no Cais. Tanto para quem está precisando de uma ajudinha nesse momento para escolher uma creche/escola, como para o profissional da educação infantil que pode aproveitar as dicas para um momento formativo na instituição.
De qualquer forma, o objetivo é ampliar o repertório para boas decisões.
Link Conversa no Cais “É hora de ir para creche/escola”- O que observar para fazer uma boa escolha?